sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Via- Sacra



Na Quaresma e Sexta-feira Santa costuma-se fazer a Via-Sacra. A palavra significa '' caminho sagrado'' ( o caminho de Jesus até a morte de cruz). É um ato de piedade- muitas vezes em forma de caminhada- no qual se reza e se medita sobre 14 episódios ( estações) da Sexta-feira Santa, desde a condenação à morte até o sepultamento de Jesus. Há vários formulários de Via-sacra, e ultimamente - com muita razão - acrescentou-se a 15º estação - a ressurreição de Jesus, pois a morte não o venceu ou derrotou. Várias estações desse '' caminho sagrado'' não são tiradas dos evangelhos ( por exemplo, as três quedas de Jesus, a Verônica enxugando o rosto do Senhor etc.).
A prática de percorrer esse ''caminho sagrado'' é antiga. Fala-se dela no século IV e, pelo que tudo indica, nasceu em Jerusalém. A partir do século XVII, as estações foram fixadas em 14.



Fonte: Retirado do livro'' Quaresma, Páscoa e Pentecostes''- Pe. José Bortolini

Quaresma






A palavra Quaresma vem do latim quadragésima. São os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa, antes da Missa da Ceia do Senhor. O número 40 é simbólico e recorda muitas cenas da Bíblia: 40 anos de caminhada do povo hebreu pelo deserto, os 40 dias que  Moisés passou na montanha, os 40 dias da caminhada de Elias para chegar à montanha do Senhor, os 40 dias de Jesus jejuando no deserto...
A Quaresma não tem sentido isolada da Páscoa. Na caminhada quaresmal não vamos ao encontro do nada ou da morte, mas caminhamos para a ressurreição do Senhor e nossa.
As origens da Quaresma são antigas e estão ligadas a outros acontecimentos, como a preparação dos catecúmenos ao Batismo e a prática das penitências, muito em voga nos primeiros séculos. Já no século IV se fala de quarentena penitencial. Antes disso, nos séculos II e III, costumava-se fazer alguns dias de jejum em preparação à Páscoa.
A cor litúrgica da Quaresma é o roxo, um convite à conversão, à penitência e à fraternidade. No 4º domingo pode-se usar cor-de-rosa por causa da antífona de entrada, que convida: '' Alegra-te, Jerusalém...''. O clima de Quaresma deve transparecer também na ausência do Aleluia, do Glória e na sobriedade da ornamentação ( flores) e dos instrumentos musicais para acompanhar o canto.
O antigo  costume de cobrir as imagens durante o Quaresma servia para alertar os fiéis que era preciso concentrar-se no personagem central da nossa fé e razão de toda a caminhada quaresmal: Jesus Cristo, na sua paixão, morte e ressurreição.


Fonte: Retirado do livro '' Quaresma, Páscoa e Pentecoste'' - Pe. José Bortolini.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quaresma

Quarta-feira de Cinzas




A Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinzas. Com a imposição das cinzas o sacerdote faz uma cruz sobre a fronte do fiel e diz: '' Convertei- vos e crede no Evangelho''. 
O Rito de imposição das cinzas, nos introduz a Quaresma, tempo de oração e conversão.Por isso, neste dia, a Igreja nos convida à prática do jejum, e a total abstinência de carne, como forma de suplicarmos perdão à Deus.
Todas as práticas na Quaresma nos levam uma vida de oração;

  • Com o jejum ou abstinência: eu oro com o corpo
  • Com a esmola manifesto: a caridade e amor ao próximo, quando faço a doação para viver a partilha
  • Com a penitência: faço meu pedido de perdão à Deus.
Ao receber as cinzas expresso minha decisão em aceitar:


  • '' Você é pó e ao pó voltará'' ( Gn 3,19) - tomar consciência de nossa fragilidade como criaturas mortais,  nos ajuda a avaliar melhor o rumo que nos compete dar em nossa vida.
  • ''Convertei-vos e crede no Evangelho'' ( Mc 1,15) - somos chamados a nos converter mudando nossa maneira de ver, julgar e agir.
De onde vem as cinzas?

Costume do séc. XII, as cinzas vêm dos ramos do '' Domingo de Ramos'' do ano anterior. Esses ramos são abençoados e levados para casa e colocados junto a crucifixo, oratórios ou detrás da porta de entrada.

Caminhemos nesta Quaresma rumo ao encontro com o Cristo, em sua Paixão e Ressurreição.